Relatório de estagio de inglês II
CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO - UNIJORGE
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO LICENCIATURA EM LETRAS COM HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA INGLESA E RESPECTIVAS LINCENCIATURAS
RELATORIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
Curso Letras/Inglês
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SALVADOR - BA
2016
INDIRA VENTURA MELLO
RELATORIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
Curso Letras/Inglês
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SALVADOR – BA
2016
SUMÁRIO
I. IDENTIFICAÇÃO
- ESTAGIÁRIA
- LOCAL DO ESTÁGIO
- PROFESSORA SUPERVISORA DA INSTITUIÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO
- PROFESSOR ORIENTADOR DO ESTÁGIO
- COORDENADORA DE ESTÁGIO CURRICULAR DO CURSO DE LETRAS
- A IMPORTÂNCIA DA REGÊNCIA EM SALA DE AULA
II. PERÍODO DE ESTÁGIO
III. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO CONCEDENTE DO ESTÁGIO
1.CARACTERIZAÇÃO E LOCALIZAÇÃO - ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA INSTITUIÇÃO
2. HISTÓRICO DA ENTIDADE
3. ORGANOGRAMA
4. FILOSOFIA DA INSTITUIÇÃO
5. OBJETIVOS DA INSTITUIÇÃO
6. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
7. CLIENTELA
IV. RESUMO
V. INTRODUÇÃO
VI. JUSTIFICATIVA
VII. OBJETIVOS
1. OBJETIVO GERAL
2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
VIII. FUNDAMENÇÃO TEÓRICA
1. LÍNGUA ESTRANGEIRA: FATORES HISTÓRICOS
2. A NATUREZA SOCIOINTERACIONAL DA LINGUAGEM
3. A RELAÇÃO ENTRE LÍNGUA ESTRANGEIRA E LÍNGUA MATERNA NA APRENDIZAGEM
4. A IMPORTÂNCIA DA ORALIDADE, LEITURA E ESCRITA EM RELAÇÃO A LÍNGUA ESTRANGEIRA
5. O PAPEL DO PROFESSOR DE INGLÊS
IX. METODOLOGIA
X. MEMORIAS
MEMORIA I
MEMORIA II
MEMORIA III
MEMORIA IV
MEMORIA V
MEMORIA VI
MEMORIA VII
MEMORIA VIII
MEMORIA IX
MEMORIA X
MEMORIA XI
MEMORIA XII
MEMORIA XIII
MEMORIA XIV
XI. CONSIDERAÇÕES FINAIS
XII. CRONOGRAMA
XIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXO
I. IDENTIFICAÇÃO
- ESTAGIÁRIA
Indira Ventura Mello
Matrícula 131005068
- LOCAL DO ESTÁGIO
Colégio Estadual João das Botas
Morro do Gavazza s/n Barra
Salvador-BA
CEP: 40140-120
Telefone: (71) 3264-9192/ 3264-60666
CNPJ: 13.937.065/0001-00
- PROFESSORA SUPERVISORA DA INSTITUIÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO
Daniela Lima Caldeira Mustafá
- PROFESSOR ORIENTADOR DO ESTÁGIO
Gina Maria Imbroisi Teixeira
- COORDENADORA DE ESTÁGIO CURRICULAR DO CURSO DE LETRAS
Maria Laura Petitinga Silva
II. PERÍODO DE ESTÁGIO
De cinco de abril a quatorze de junho de dois mil e dezesseis.
Horário de trabalho na entidade das treze às dezessete horas.
III. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO CONCEDENTE DO ESTÁGIO
1.CARACTERIZAÇÃO E LOCALIZAÇÃO - ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA INSTITUIÇÃO
Colégio Estadual João das Botas
Morro do Gavazza s/n Barra
Salvador-BA
CEP: 40140-120
Telefone: (71) 3264-9192
Fax: (71) 3264-60666
CNPJ: 13.937.065/0001-00
Ato de Criação: 06/02/1981
Portaria: 199
Diretor interino: José Carlos Andrade dos Santos
2. HISTÓRICO DA ENTIDADE
Fundada em 1967, inicialmente como Escola Primaria João das Botas, durante o governo de Lomanto Júnior, através do Plano Nacional de Educação. Na época, era o presidente da república, Humberto Castelo Branco.
No dia 04/04/1967, o governador do Estado inaugurou a Escola “João das Botas”, no terreno doado pelo Comandante de Distrito Naval, Almirante Emesto de Melo Junior, que a convite do governador tornou-se patrono da escola. O nome da escola foi em homenagem a um vulto da marinha que lutou pela independência da Bahia. Exerce ai a função de primeira diretora, a professora Guiomar de Araújo Dórea.
Aos poucos foi implantando a o ensino de 5ª à 8ª série e ensino para jovens adultos, eliminando o primário regular. Hoje a escola atende alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio, esse implantado em 2005, além de participar ativamente do processo de inclusão de surdos, contando com uma sala de apoio pedagógico.
Aos 47 anos de trabalho, o projeto pedagógico da escola propõe uma reflexão e uma pratica educativa persistente, dinâmica e, sobretudo de resultados. Para isso é necessária à gestão participativa, envolvendo colegiado, escolar, pais, professores e funcionários.
3. ORGANOGRAMA
4. FILOSOFIA DA INSTITUIÇÃO
Visão
Seremos reconhecidos como uma escola onde todos praticam o respeito mútuo e participam com responsabilidade do aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem, proporcionando a todos oportunidade e capacidade de aprender.
Missão
O Colégio Estadual João das Botas tem como missão oferecer aos alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio um ambiente onde aprendam a praticar o respeito, o trabalho em equipe, a cooperação e, a desenvolver competências e habilidades.
Valores
Respeito – Valorizamos o respeito mútuo nas ralações interpessoais, como forma de estimular a autoestima.
Responsabilidade – Priorizamos a responsabilidade no desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes de todos que participam do processo ensino-aprendizagem.
Cooperação
Buscamos construir as ações democráticas através da cooperação.
Filosofia
O Colégio Estadual João das Botas baseia seus princípios institucionais e pedagógicos em três valores norteadores do conteúdo prático e teórico de sua ação – a Responsabilidade, o Respeito e a Cooperação.
Os embasamentos nesses valores determinam uma ação vislumbradora na formação de um ser capaz de identificar elementos constitutivos da justiça e da igualdade social.
5. OBJETIVOS DA INSTITUIÇÃO
· Integrar os alunos e promover um ambiente escolar agradável.
· Educar para exercício da cidadania.
· Evolver o aluno em suas aprendizagens e trabalho.
· Informar e envolver os pais.
· Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com o saber, o sentido do trabalho escolar e desenvolver no aluno a capacidade de auto avaliação.
· Desenvolver a cooperação entre o aluno e certas formas simples de respeito mútuo.
· Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça.
· Fortalecer a atuação do colegiado escolar.
· Aumentar a frequência e pontualidade dos alunos.
6. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
Não é citado no Programa de Projeto Pedagógico – PPP do Colégio Estadual João das Botas. No entanto, os recursos e materiais são tudo o que é cedido pela secretaria de educação como material educacional e de uso letivo, e todo o material (de uso escolar) e espaço físico existente na escola.
7. CLIENTELA
Bem diferente da realidade de 1967, ano de sua fundação, a escola hoje tem uma clientela carente, com sérios problemas de aprendizagem, deficiências que trazem do Ensino Fundamental I, além de grande carência sócio-afetiva na formação como cidadão.
IV. RESUMO
O trabalho apresentado trata de um estudo refletido do estágio regencial realizado no Colégio Estadual João das Botas, localizado no Morro do Gavazza na Barra, uma escola de Ensino Fundamental II e Ensino Médio, que também faz a inclusão com alunos deficientes intelectuais, auditivos, físicos e de baixa visão.
O trabalho tem como enfoque maior explanar sobre a execução do projeto pedagógico da matéria de língua inglesa elaborado na classe de estágio supervisionado II. Não deixando de avaliar as condições de trabalho: a estrutura, metodologia e condições que a aprendizagem da língua inglesa é condicionada aos alunos, que são os maiores interessados em aprendê-la.
Através do método do tipo estudo de caso realizado durante a pesquisa deste trabalho e a prática dele; foi feito uma reflexão de como o estágio regencial é importante para nós, futuros professores, entendermos os alunos de hoje e também aprender com a regência da matéria de língua inglesa em sala de aula. Conclui-se que o estágio regencial é fundamental no contato com a sala de aulas, o domínio do conteúdo estudado em todo o processo de graduação e no ensino como um todo.
Palavras-chave: escola, aluno, professor e regência.
V. INTRODUÇÃO
Esta pesquisa surgiu da importância de promover um projeto pedagógico relacionado à língua inglesa em sala de aula, onde o aluno supera as constantes dificuldades encontradas no dia a dia na matéria, buscando assim um hábito de aprendizado inovador, que certamente favorecerá culturalmente este aluno, fazendo-o compreender o contexto multissocial no qual se encontra inserido e influenciando-o na transformação de um mundo melhor.
É necessário que nós professores estejamos sempre aberto à indagação, a curiosidades, e as perguntas de nossos alunos, assim não só eles estarão aprendendo de forma prazerosa como nós também, através de troca de experiências. Para isso é preciso usar uma linguagem clara e saber respeitar a dignidade e autonomia de cada aluno, levando-o a construir o seu próprio conhecimento.
A pesquisa também ressalta o interesse pelo ensino e pela aprendizagem da língua inglesa no decorre da regência.
Consideramos também que, todo o aprendizado na faculdade, durante o período do estágio, as pesquisas analisadas de importantes reflexões para o campo das atividades no âmbito escolar. Nesse contexto e trabalho, propomo-nos fazer mais uma reflexão, relatando o dia a dia professor/ aluno/ sala de aula. Tanto no contexto decente, como no que se refere a toda estrutura para o ambiente de classe funcione de maneira que a deixar de ser vista como algo maçante e obrigatório que não tem perspectiva para um lugar prazeroso onde possamos trocar conhecimentos e culturas, como no docente; deixando o olhar critico e com rótulos, para promover experiências que se adequei a contemporaneidade.
Por meio deste trabalho, pretendo relatar a regência, especificamente o cotidiano em classe.
Realizo aqui uma análise do estágio regencial no Colégio Estadual João das Botas, aferindo a estrutura escolar, ambiente administrativo, alunos, prática do professor, metodologia, em suma, tudo o que necessita em um processo de ensino.
Antes da etapa de análise, porém, abordaremos alguns conceitos teóricos que estão subjacentes ao nosso modo de olhar, possibilitando o entendimento da visão do trocar da sociocultural escolar, da metodologia, da leitura, da escrita, do conteúdo, dentro do que deve ser a amplitude do ensino. Não deixando de lembrar, a quebra de paradigmas referente à língua estrangeira como matéria curricular na serie escolar do ensino fundamental II.
VI. JUSTIFICATIVA
Como já está implícito que este trabalho foi feito por uma obrigatoriedade de nota para a matéria de Estágio Supervisionado em Língua Inglesa II, por mais que tenha sido prazeroso; no que se diz ser um estágio e ainda regencial, o aluno regente expressa opinião sobre os fatos vividos, pode haver um pouco de ressalva no seu modo de contextualizar, no entanto a prioridade é relatar suas experiências.
O presente trabalho tem como referencial teórico-metodológico a aprendizagem da matéria de língua inglesa na regência em sala de aula. A língua estrangeira aproxima o aluno a novas culturas (alguns nunca tiveram oportunidade de conhecer, a escola o leva a isto) é um convite á reflexão, os professores, como um todo, esperam solidarizar-se com o educando estimulando a confiança, porque é vivenciando diferentes situações em que o educando passam exteriorizar ou não, suas dificuldades. São essas práticas que permitem ao aluno construir seu conhecimento escolar e social. Procurar influenciar no estudo de aprendizagem que envolva a leitura, a escrita, a descoberta do novo, sempre com o objeto social do conhecimento, para isso é necessário oportunizar o aluno, avanços em seu processo na busca do saber, refletindo permanentemente nas práticas, buscando meios de inova-las e aperfeiçoá-las.
O ensino e o aprendizado não podem ser considerados como funções autônomas e isolados, mas sim como manifestações de um mesmo sistema, que é o sistema funcional de linguagem, resultado da harmonia do desenvolvimento e da interação das várias metodologia de ensino que servem de base ao sistema funcional da linguagem desde o inicio de sua organização, que irá refletir mais tarde no ensino fundamental II e posteriormente no ensino médio. Para isso existe a necessidade de um estudo valorizando e alertando a importância da língua estrangeira, como ao professor, a educação social, multicultural, quebrando as barreiras discriminatórias, como todos os que compõem o ambiente escolar, independente de ser um educador ou não.
VII. OBJETIVOS
1. OBJETIVO GERAL
Aferir através do estágio regencial o desenvolvimento na matéria de língua inglesa. Aplicando a execução pedagógica para uma diagnóstica de como executar de maneira inovadora a metodologia de ensino em língua inglesa no Colégio Estadual João das Botas, aprendendo os alunos a terem um melhor conhecimento da matéria.
2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Executar o trabalho do professor de língua inglesa do Colégio Estadual João das Botas.
- Conhecer os alunos, do colégio, em sala de aula.
- Observar o espaço físico escolar.
- Observar o uso do material escolar.
- Observar a prática do projeto pedagógico desenvolvida especialmente para aplicar Colégio Estadual João das Botas.
- Ler e analisar Projeto Político Pedagógico (PPP).
- Participar e executar dos: Planejamento bimestral, o AC (Acerto de Conta) e Plano de aula do professor de língua inglesa, na segunda unidade.
- Explanar e solucionar as dificuldades existentes no Colégio Estadual João das Botas, pós a execução do projeto.
VIII. FUNDAMENÇÃO TEÓRICA
Através da pesquisa observatório/exploratória e posteriormente a regência, será possível perceber se o professor de língua inglesa está informado e preparado para educar (demonstrar uma segunda língua) através de novas didáticas tornando a aprendizagem não mais um ato de informar (impor), mais sim troca de saberes, conhecimentos, culturas e atualidades entre professor e aluno, lembrando que o professor se faz de mediador que agrega no que o aluno já tem por aprendizado.
Dentro do que conhecemos por língua estrangeira, já se encontra os quatros eixos de observância (leitura, escrita, oralidade e gramática), uma vez que os alunos do ensino fundamental II, os quais foram instrumentos de regência, não tem fluência na oralidade (são raros os que têm) e entende-se também que não há o domínio da gramática normativa de língua inglesa, quando esta há pouco tempo é obrigatória na escola. Assim podemos expressar a fundamentação teórica a partir de língua estrangeira e fatores históricos, e expandindo o que se refere ao papel do professor de língua inglesa.
1. LÍNGUA ESTRANGEIRA: FATORES HISTÓRICOS
Segundo Farha (1998), os fatores históricos estão relacionados ao papel que uma língua específica representa em certos momentos da história da humanidade, fazendo com que sua aprendizagem adquira maior relevância. A relevância é frequentemente determinada pelo papel hegemônico dessa língua nas trocas internacionais, gerando implicações para as trocas interacionais nos campos da cultura, da educação, da ciência, do trabalho.
O caso típico é o papel representado pelo inglês, em função do poder e da influência da economia norte-americana. Essa influência cresceu ao longo deste século, principalmente a partir da Segunda Guerra Mundial, e atingiu seu apogeu na chamada sociedade globalizada e de alto nível tecnológico, em que alguns indivíduos vivem neste final do século. O inglês, hoje, é a língua mais usada no mundo dos negócios, e em alguns países, como Holanda, Suécia e Finlândia, seu domínio é praticamente universal nas universidades. É possível antever que, no futuro, outras línguas desempenhem esse papel.
O papel que determinadas línguas estrangeiras tradicionalmente desempenham nas relações culturais entre os países pode ser um fator a ser considerado.
2. A NATUREZA SOCIOINTERACIONAL DA LINGUAGEM
Conforme Farha (1998), o uso da linguagem (tanto verbal quanto visual) é essencialmente determinado pela sua natureza sociointeracional, pois quem a usa considera aquele a quem se dirige ou quem produziu um enunciado. Todo significado é dialógico, isto é, é construído pelos participantes do discurso. Além disso, todo encontro interacional é crucialmente marcado pelo mundo social que o envolve: pela instituição, pela cultura e pela história. Isso quer dizer que os eventos interacionais não ocorrem em um vácuo social. Ao contrário, ao se envolverem em uma interação tanto escrita quanto oral, as pessoas o fazem para agirem no mundo social em um determinado momento e espaço, em relação a quem se dirigem ou a quem se dirigiu a elas. É nesse sentido que a construção do significado é social. As marcas que definem as identidades sociais (como pobres, ricos, mulheres, homens, negros, brancos, homossexuais, heterossexuais, idosos, jovens, portadores de necessidades especiais, falantes de variedades estigmatizadas ou não, falantes de línguas de prestígio social ou não.) são intrínsecas na determinação de como as pessoas podem agir no discurso ou como os outros podem agir em relação a elas nas várias interações orais e escritas das quais participam.
Vale dizer que o exercício do poder no discurso e o de resistência a ele são típicos dos encontros interacionais que se vivem no dia-a-dia. Quem usa a linguagem com alguém, o faz de algum lugar determinado social e historicamente. Assim, os significados construídos no mundo social refletem os embates discursivos dos quais e participa com base nas posições ocupadas em certos momentos da história e em espaços culturais e institucionais específicos. Em outras palavras, os projetos olíticos, as crenças e os valores dos participantes do discurso são intrínsecos aos processos de uso da linguagem. Daí os movimentos de organização política de certos grupos sociais (os semterra, mulheres, negros) que pretendem resistir a formas de tratamento social que não lhes garantam igualdade. É importante perceber que essas formas, por serem construídas no discurso, podem também ser destruídas e reconstruídas em outras bases. A consciência desses processos é o primeiro passo na construção de uma sociedade mais igualitária.
3. A RELAÇÃO ENTRE LÍNGUA ESTRANGEIRA E LÍNGUA MATERNA NA APRENDIZAGEM
Segundo Farha (1998), o processo sociointeracional de construir conhecimento linguístico e aprender a usá-lo já foi percorrido pelo aluno no desafio de aprender sua língua materna. Ao chegar à quinta série (sexto ano do ensino fundamental II), a criança já é um falante competente de sua língua para os usos que se apresentam nas comunidades discursivas imediatas das quais participa em sua socialização em casa ou nas brincadeiras com os amigos fora de casa, e em outras comunidades discursivas. Essas outras comunidades podem exigir a aprendizagem de uma variedade da língua materna ou de padrões interacionais diferentes dos que teve acesso em casa (por exemplo, modos de interagir com outra pessoa em sala de aula).
Neste percurso, o aluno já aprendeu usos da linguagem com os quais pode não ter se familiarizado em casa (por exemplo, na leitura e na produção de um texto escrito), tendo também interiorizado sua natureza sociointeracional (por exemplo, ao aprender a considerar as marcas das identidades sociais, idade, gênero entre outras coisas, daqueles com quem fala em contextos sociais específicos) e começado a construir conhecimento de natureza metalinguística nas aulas de língua materna. Isso lhe possibilita pensar, falar, ler e escrever sobre sua própria língua. Ou seja, o aluno já sabe muito sobre sua língua materna e sobre como usá-la, ou seja, sabe muito sobre linguagem.
Em linhas gerais, o que a aprendizagem de uma Língua Estrangeira vai fazer é: aumentar o conhecimento sobre linguagem que o aluno construiu sobre sua língua materna, por meio de comparações com a língua estrangeira em vários níveis; possibilitar que o aluno, ao se envolver nos processos de construir significados nessa língua, se constitua em um ser discursivo no uso de uma língua estrangeira.
4. A IMPORTÂNCIA DA ORALIDADE, LEITURA E ESCRITA EM RELAÇÃO A LÍNGUA ESTRANGEIRA
Nesses novos tempos do século XXI, cada vez mais, vê-se a necessidade de uma prática social da leitura e da escrita. Na cultura hodierna, exige-se que todo ser humano domine o código comunicativo, pelo menos para uma comunicação mínima no que concerne aos aspectos da escritura, oralidade e da leitura fora da língua materna; pois se na oralidade há certa maleabilidade no que se refere à variação linguística, já quando se trata de ler e escrever faz-se necessário o básico de norma para se garantir a unidade da língua.
A leitura é requerida para que se possa ter acesso às informações escrita, veiculadas das mais diversas maneiras: na Internet, na televisão, nos outdoors espalhados pela cidade, em cartazes, folders, impressos de propaganda, jornais, folhetos da igreja, rótulo de garrafas e produtos comercializados, afinal, tudo que porta um texto é para ser lido. Já na oralidade, demanda o processo de comunicação, seja para quais for seus devidos fins.
Paulo Freire nas suas reflexões sobre a prática da leitura deixa bem claro ser um fenômeno sócio-político, já que tem por finalidade a transformação social e, a partir dela poder-se chegar a uma crítica da realidade que precede a própria decodificação do sistema de notação.
Algum tempo depois, como professor, nos meus vinte anos, vivi intensamente a importância do ato de ler e de escrever, no fundo indicotomizáveis, com alunos das primeiras séries do curso ginasial. A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o sinclitismo pronominal, nada disso era reduzido por mim a tabletes de conhecimentos que devessem ser engolidos pelos estudantes. Tudo isso, pelo contrário, era proposto à curiosidade dos alunos de maneira dinâmica e viva, no corpo mesmo de textos, ora de autores que estudávamos, ora deles próprios, como objetos a serem desvelados e não como algo parado, cujo perfil eu descrevesse. Os alunos não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua significação profunda. Só aprendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la. A memorização mecânica da descrição do objeto não se constitui em conhecimento do objeto. Por isso é que a leitura de um texto, tomada como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la, nem é real leitura; nem dela, portanto resulta o conhecimento do objeto que o texto fala. (FREIRE, 1995, P. 16-17)
Freire conta, a leitura é, fundamentalmente, um ato político. Por isso aqueles que formam leitores: professores, bibliotecários, pais, desempenham um papel político que poderá ou não está comprometido com a transformação social, conforme o grau de consciência da força de produção e, ao mesmo tempo, do espaço da contradição presentes nas condições sociais da leitura, tendo que assumir uma constante luta dos questionamentos e das realidades em que os autores estão inseridos, sempre na perspectiva da melhoria da qualidade de vida.
A orientação didática deve ser planejada a fim de ter os efeitos na percepção dos elementos linguísticos significativos, com funções importantes no texto; na ativação de conhecimentos anteriores; na elaboração e verificação de hipóteses que permitam ao estudante perceber outros elementos mais complexos. (Vygotsky, 1998, p. 157)
Para Freire, a oralidade não é apenas a via de comunicação, ela também remete na aprendizagem de novos conceitos culturais, no questionamento do novo e na visão de mundo.
Do mesmo modo, para o aluno de Língua Estrangeira, ausência de conhecimento de mundo pode apresentar grande dificuldade no engajamento discursivo, principalmente se não dominar o conhecimento sistêmico na interação oral ou escrita na qual estiver envolvido. Por exemplo, a dificuldade para entender a fala de alguém sobre um assunto que desconheça pode ser maior se o aluno tiver problemas com o vocabulário usado e/ou com a sintaxe. Por outro lado, essa dificuldade será diminuída se o assunto já for do conhecimento do aluno. Além disso, não é comum vincular-se a práticas interacionais orais e escritas que não sejam significativas e motivadoras para o engajamento discursivo.
Em Língua Estrangeira, o problema do conhecimento de mundo referente ao assunto de que se fale ou sobre o qual se leia ou escreva pode também ser complicado caso seja culturalmente distante do aluno.
5. O PAPEL DO PROFESSOR DE INGLÊS
O papel do professor é fazer com que as pessoas não se tornem pessoas isoladas do contexto mundial cultural.
Ullmann (1980:132) diz que, o professor de língua inglesa deve ser visto como pesquisador, que a partir da própria vivência em sala de aula e da contínua observação de sua classe, associada à troca de experiência com seus colegas de área, possa explorar o porquê dos acontecimentos. Hoje é um profissional participativo, observador de sua própria prática e da pratica de seus colegas. Ele não é mais um modelo, o detentor do saber, que apenas treina seus alunos. Torna-se o facilitador da aprendizagem e tem como principal função, em sala de aula, dar significação ao processo pedagógico.
Weber (1996, p. 9) destaca, qualquer mudança concreta no sistema educacional tem no professor um de seus principais agentes. De fato, é sobre tudo através da ação docente, da prática pedagógica que ele desenvolve, que se realizam mediações entre a instituição escolar e a sociedade em que a mesma se insere.
Ullmann (1980:132) diz que, a língua dá acesso à cultura e, por outro lado, para aprender uma língua é preciso um mergulho cultural, a aquisição das habilidades orais e escritas, isto é, acompetências comunicativa não fica assegurada apenas com o conhecimento das estruturas linguísticas (...) saudar uma pessoa, fazer um convite, pedir um favor, servir um cafezinho, pedir desculpas (...) são todas situações que se inserem profundamente num contextocultural.
6. A IMPORTÂNCIA DA REGÊNCIA EM SALA DE AULA
O estágio supervisionado é uma exigência da LDB – Lei de diretrizes e bases da Educação nacional nº 9394/96 nos cursos de formação de professores.
De acordo com Oliveira e Cunha (2006, p. 6):
Podemos conceituar Estágio Supervisionado, portanto, como qualquer atividade que propicie ao aluno adquirir experiência profissional específica e que contribua de forma eficaz, para sua absorção pelo mercado de trabalho.
Esta experiência é necessária para a educação profissional, pois oferece a oportunidade de integrar os discentes com a área onde atuarão e integrar teoria e prática, baseando-se no uso do conhecimento adquirido na vida profissional e acadêmica.
Compreendendo-se que nos cursos de formação de professores devem relacionar teoria e prática de forma interdisciplinar, os componentes curriculares não podem ser isolados. Por isso, o estágio supervisionado deve ser considerado como um componente que articula o conhecimento construído durante a vida acadêmica preparando os discentes para aplicá-lo em sala de aula como profissionais.
Durante o estudo in loco, é necessário que o discente assuma a posição de professor-investigador para desenvolver projetos de intervenção para ajudá-lo a desenvolver e escolher metodologias e abordagem para utilizar em sua prática bem como valorizar e explora a cultura, conhecimento e a realidade de seus alunos.
Paulo Freire (2002, p. 14) chama atenção para a necessidade de respeitar o conhecimento dos estudantes e a importância da pesquisa no processo de ensino, ele afirma que “Não há pesquisa sem ensino, nem ensino sem pesquisa”. Portanto o estágio supervisionado oferece a oportunidade de se observar o contexto escola e desenvolver pesquisas e projetos que visem a melhoria da qualidade da mesma, conforme afirma Pimenta e Lima (2004 apud Perini, 2006, p. 39):
(…) o projeto de pesquisa pode gerar produção de conhecimento sobre o real, responder às demandas da escola e, assim, elaborar propostas de intervenção entre escola e universidade, viabilizando relacionar teoria e prática e o conhecimento da realidade escolar.
IX. METODOLOGIA
Tipo de pesquisa
A pesquisa a ser apresentada, quanto aos objetivos que se propõe, será do tipo exploratória, em faze de regência, sobre o tema de: Relatório de Estágio Curricular Supervisionado em Língua Inglesa. Será também, quanto aos procedimentos, dos tipos: bibliográfica e documental, a fim de facilitar a consulta e análise histórico-evolutiva da observação e da multicultura na formação educacional de crianças.
Na pesquisa bibliográfica, serão utilizados referências de livros, periódicos, projetos, textos e trabalhos de vários autores para a fundamentação teórica deste projeto. Através da pesquisa exploratória, será possível perceber se Estagio Supervisionado oferece ao professor em formação a oportunidade de integrar teoria e prática para selecionar a melhor forma de oferecer aos alunos um aprendizado efetivo.
Fonte de pesquisa
As fontes de pesquisa a serem utilizadas serão livros de leitura corrente, livros de referências ligados ao tema, publicações periódicas de jornais, revistas, matérias disponíveis na internet e outros.
Coleta de dados
A realização desta etapa deverá ocorreu ao longo do primeiro semestre de 2016 em visitas as bibliotecas da cidade de Salvador, a biblioteca e secretaria do Colégio Estadual João das Botas e da própria faculdade UNIJORGE (Centro Universitário Jorge Amado).
Análise de dados
A análise de dados ocorrerá a partir da coleta de dados sobre a regência durante o estágio, no embasamento teórico; serão elaboradas, analisadas, relatados as vivencia do estágio e interesse pela língua estrangeira em adolescentes do sétimo do ensino fundamental II.
X. MEMORIAS
MEMORIA I
No dia 18 de março de 2016, marquei com Val (Valdenice da Silva Cordeiro) minha companheira de estágio, às 13hs no Shopping Barra, para irmos juntas ao Colégio Estadual João das Botas. Val não sabia onde era o colégio.
Quando chegamos à escola falamos com a funcionaria Lindinalva que nos levou até a diretoria. O diretor Carlos nos recebeu muito bem. Disse que poderíamos estagiar na escola, mas que a professora de inglês não estava no colégio para confirmar s ela iria ou não querer estagiarias de sua matéria. Porque no colégio tem três professores da matéria de inglês, só que no horário vespertino só tem uma.
Como eu já conheço o colégio por ter feito três estágios nele por trabalhar como professora de língua portuguesa o ambiente não foi novidade para mim.
Revi os funcionários, porque o meu horário de trabalho na escola é o matutino e tem alguns funcionários que só trabalham no vespertino, falei com alguns professores, inclusive uma ex-professora minha que lecionou na UNIJORGE, a professora Joaleide, que é professora no João das Botas. Tudo isso enquanto Lindinalva levava Val a um tour pela escola.
MEMORIA II
No dia 23 de março de 2016, eu e minha companheira de estágio, Val; voltei ao Colégio Estadual João das Botas para confirmar com a professora de inglês Daniela Mustafá, que seriamos suas estagiarias.
Daniela logo gostou e nos deu seus dois últimos horários de sexta-feira, a quarta e quinta aula, no sexto ano B (6º B).
Daniela estava muito ocupada, brincou dizendo se nós não queríamos começar naquele momento. Mas era só uma brincadeira porque ela sabia que era necessário a aprovação dela com os planos de aulas que a apresentaríamos.
Aproveitamos para tiramos fotos do ambiente e Val terminar de conhecer a escola que não deu para ela conhecer da ultima vez.
MEMORIA III
No dia 1º de abril de 2016, eu e Val, voltei ao Colégio Estadual João das Botas para levar a carta e assinar o termo de compromisso de estágio curricular obrigatório.
Quem nos recebeu foi Carlos, como sempre, ele é uma pessoa muito educada e refinada. Assinou o termo e nos deu boas vindas. Aproveitei para apresentar Marise e Maria Daniela as vice-diretora à Val e logo depois Enir a coordenadora da escola.
Conversei um pouco com elas, até a professora Mustafá ficar em aula vaga.
Sentamos as três para que Mustafá analisasse os planos de aula. Apos ler, ela pediu que déssemos prioridade em nossas aulas aos assuntos: alfabeto, família e verbo To Be. Caso sobra-se aulas depois desses assuntos, poderíamos continuar os conteúdos propostos nos planos de aulas.
Depois de conversa com Daniela modificamos a ordem de nosso projeto pedagógico e acrescentamos alfabeto e família como vocabulário.
MEMORIA IV
No dia 08 de abril de 2016, um dia bem esperado para mim, pois seria minha 1ª aula de estágio regencial.
A professora Mustafá estava na escola quando cheguei. Ela reviu os planos de aulas já modificados e me falou que os meninos já estavam avisados que ela não daria aula e sim suas estagiarias.
Val chegou logo em seguida "morrendo” do cansaço da ladeira. Eu sorri porque ela estava tão preocupada com o horário que chegou uma hora e meia antes. Ficamos conversando na sala dos professores até da o horário.
Ao chegar à sala quando os alunos me viram ficaram gritando, dizendo que não era minha aula de artes e sim de inglês. Porque eu ensino artes para eles. Eu perguntei se Mustafá havia explicado sobre o estágio, eles responderam que sim.
Apresentei Val e tentamos dar aula. Porque no quarto horário só reclamavam querendo a professora deles, ainda assim apresentamos o ABC com o flashcard.
Quando o inicio do quinto horário tocou os alunos já estavam muitos impacientes para irem embora. Por parte é compreensível. No Colégio João das Botas, as aulas são levadas do 1º ao 5º horário sem intervalo e no final da 5ª aula os alunos merendam e vão para casa. O final da 5ª aula bate 16h30min.
Teriamos a 5ª aula com a música do ABC em inglês, o que não deu tempo.
Foi complicado o 1º dia, pois os alunos são inquietos, gritão, circulam pela sala o tempo todo, pede repetidamente para beber água, ir ao banheiro e não gostam de copiar.
MEMORIA V
No dia 15 de abril de 2016, cheguei cedo.
A aula foi tranquila. Os alunos estavam um pouco mais acostumados com a minha presença e a de Val. Mas o comportamento irreverente ainda continuava.
A aula foi sobre vocabulário de família. Val montou uma árvore genealógica no quadro e explicou o significado, enquanto eu coloquei um painel do lado da árvore de Val com a árvore genealógica da família Weasley da literatura de Harry Potter.
Os meninos ficaram encantados com o painel, porém ficavam mangando dos nomes na língua inglesa.
Eu e Val passamos um exercício do livro didático de inglês deles do conteúdo de família.
Eu pedir para a aluna Karina que fosse até a secretária pegar cartolina e revista para recortes.
Quando o inicio do 5º horário tocou a aluna já havia trazido os materiais e iniciamos com eles a atividade para montar suas árvores genealógicas.
Alguns tiveram dificuldade de escrever os nomes dos parentes por não saber.
O que eu achei interessante foi que alguns alunos recortavam fotos de celebridades para simbolizar seus parentes reais. Já outros não ligavam para qual recorte de pessoa eles estavam cortando.
Finalizamos a aula expondo os cartazes na parede da sala de aula.
MEMORIA VI
A aula do dia 20 de abril de 2016 foi um pouco mais maçante e teórica. Afinal o assunto é o que ninguem quer sequer ouvir falar: verbo To Be.
Para iniciar a aula sem que de fato eles percebessem o assunto, eu expliquei para eles os pronomes, depois de escrever os pronomes no quadro, criei frases corriqueiras usando o vocabulário de família que eles já conheciam para fixar na mente deles. Assim fui usando o verbo To Be para fazer a ligação do sujeito com o complemento da frase.
Assim que terminei de explicar passei um exercício xerocado.
Val corrigiu o exercício com os alunos e iniciou a explicação do uso do To Be nas formas negativa e interrogativa.
No 5º horário Val passou um exercício no quadro para eles fazerem em casa.
Uma observação a fazer é que a aula não seria esta data, mas devido ao feriado de Tira Dentes a professora de inglês fez um acordo com a professora de educação física para usar as aulas dela par suas estagiarias não serem prejudicadas com relação à carga horária de estágio. Agradeci muito o gesto de Mustafá e a professora de educação física por ceder suas aulas.
MEMORIA VII
29 de abril de 2016, Val começou a aula corrigindo o exercício de casa.
Depois usamos os flashcards para explicar cores e frutas.
Passamos um exercício xerocado sobre o assunto.
A maioria dos alunos, responderam muito rápido, acabando por atrapalhar os que demoraram mais um pouco de fazer.
No 5º horário começamos no caderno um trabalho de colagem referente ao conteúdo de refeição.
Explicamos para eles o vocabulário de refeição e os alunos tinham que montar o seu cardápio com os alimentos que se encaixavam em cada hora de refeição.
Para finalizar colocamos um áudio sobre cores e frutas, mas como os alunos estavam ansiosos para lanchar e o ultimo assunto da aula foi comida, eles nem ligaram para a música.
MEMORIA VIII
No dia 06 de maio de 2016 os alunos pareciam mais agitados do que o normal.
No 1º horário enquanto eu esperava meu horário. Soube que, o que se diz “dono” da comunidade do Calabá, onde a maioria dos meus alunos reside, estava festejando o aniversário dele com seus vizinhos, na comunidade. Então eu já imaginava o motivo de querer ir para casa mais cedo.
Val acabou tentando acalma-los, ainda assim o pouco que eu conheço da turma a irreverência predomina.
Eles só melhoraram quando eu coloquei um vídeo referente ao conteúdo de animais. Os alunos gostaram ficando quietos.
Quando o 5º horário tocou; como eles já haviam assistido ao vídeo, Val passamos um exercício no quadro colocando nomes de animais em Português para eles traduzirem para o Inglês, outro exercício para eles relacionar as colunas de acordo com que cada animal.
Entreguei o exercício xerocado para casa e finalizamos a aula colocamos a música Song “Old MC Donald had e farm”.
Eles se divertiram muito imitando o som dos bichos. Nem reclamaram da hora, mas com certeza foram correndo para a festa no bairro dele.
MEMORIA IX
13 de maio de 2016 comecei a aula corrigindo o exercício de casa.
Depois Val colocou um áudio sobre números. Depois usamos os flashcards para explicar o assunto e fizemos os alunos perguntarem a 10 colegas da sala a idade. Eles tinham que perguntar em inglês e colocar a resposta no caderno. Havia uma pesca no quadro para quem esquecesse.
Este é o tipo de aula que o professo ganha tempo.
Quando o 5º horário tocou entregamos o exercício xerocado e enquanto ele respondia aproveitei para fazer uma pequena entrevista com à aluna Rania, do que ela achava das estagiarias. Rania muito falante, mas achando o fato de eu a ter escolhido ser “importante”, foi o termo que ela usou. Ainda assim foi educada.
Conversando com Rania percebe que mesmo na rebeldia de ser adolescente, os alunos têm uma enorme carência. Tanto no lado afetivo quanto no conhecimento da matéria.
O que se refere às professoras a ela disse que gostou, que nós ajudamos fazendo uma aula diferente. Nós não éramos professoras que só ficava no quadro. E não tem do que se queixar.
Terminamos de corrigir o exercício com a sirene tocando e os meninos aos berros para irem embora.
MEMORIA X
20 de maio de 2016, Eu e Val chegamos a sala e falamos para os alunos que o nosso assunto seria How much/How many, os alunos não entenderam nada e não sabiam o que era isso então Val explicou para eles que o que era How much/ How many.
Uma coisa interessante que me chama muita atenção no estágio é o meu olhar de professor. Não sei se é por eu já ter prática em sala de aula, ou por eu acha que professor tem que preciso sem perder a doçura. Mas ao observa Val com os alunos vejo ela como se cuidasse de algo quebrável, que precisa de uma constante atenção. Já o meu tratar é o da professora que quer que o aluno entenda a explicação e se desenvolva só, tendo o professor como um apoio, como quem tem que carrega-lo.
Val Pediu para que eles prestassem a atenção porque apesar de explicar com outros exemplos para melhor fixar o assunto maioria dos alunos ainda ficaram com algumas dúvidas. Então eu entrevi continuando a aula
No 5º horário, coloquei no quadro um pequeno exercício para fazermos juntas e depois outro para eles fazerem sozinho, demos um tempo e corrigimos.
MEMORIA XI
25 de maio de 2016, a aula que Val mais deve gostar.
Val levou para a aula varias pesas de roupas. Começamos a aula perguntando se eles sabiam os nomes das roupas em inglês. Poucos souberam, ainda assim acertavam um ou dois nomes. Val colocou um pequeno vocabulário de roupa no quadro e traduziu junto com os alunos. Depois eu perguntei em inglês qual o tamanho de cada pesa. Eles demoraram ate entender. Depois demoraram para saber como responder. Ai, pescaram no livro deles.
Passamos uma atividade xerocada onde eles tinham que criar um dialoga de um vendedor e um cliente.
Alguns se recusaram a fazer. Dizendo que não sabiam inglês.
No 5º horário Val e corrigimos os diálogos e passamos outro exercício, so que este no caderno.
Esta aula também foi antecipada por causa do feriado de Corpus Cristy.
MEMORIA XII
03 de junho de 2016 eu sabia que a aula seria muito legal.
A aula foi sobre partes do corpo humano. Mas antes de chegar na sala meu primeiro susto. Algum aluno havia saltado uma bomba junina dentro da quadra. Pensaram logo que fosse um aluno da minha sala, Gabriel Machado, mas mesmo eu sabendo que ele é um dos mais pintões, ele estava do meu lado quando a bomba estourou.
Na sala eu fiz a chamada e começamos com um vídeo sobre as partes do corpo humano, eu expliquei cada parte do corpo e coloquei a musics Song “Head Shoulders Knees and Toes”. Eles amaram
Quase as quatro da tarde outra bomba foi estourada. Bel (Isabel), a assistente de corredor disse que isso é normal até passa o São João.
No 5º horário fizemos uma dinâmica de jogos de palavras referente ao assunto, depois da dinâmica passamos um exercício para casa.
MEMORIA XIII
10 de junho de 2016.
Nesta aula demos continuidade a falar do corpo, porém sobre cabelo, como já sabíamos que íamos abordar esse assunto nessa aula, pedimos na aula anterior que os alunos levassem revistas e jornais que tivessem figuras de pessoas com diferentes tipos de cabelos.
Usamos Flashcards contendo as cores. Treinamos o vocabulário com as cores de cabelo. Eu desenhei no quadro varias carinhas com diferentes tipos de cabelos.e escrevi no quadro a ordem dos adjetivos (tamanho, tipo e cor).
Gastamos um bom tempo brincando e ensinado cabelo.
No 5º horário tocamos a música “Whip my hair” de Wielow Smith. Eles não gostaram muito porque disseram que não dava para contar. Então paramos para lermos a letra juntos. Depois disso, eles gostaram.
O conteúdo foi bem assimilado pelos alunos, tanto visual quanto sonoro foi bastante à proveitosa essa aula, pedíamos que eles pegassem seus livros da matéria e respondesse os exercícios relacionados com a aula dada e quando começaram a fazer terminou a aula, aí comuniquei que ficaria como tarefa para casa e o restante da tarefa do livro.
MEMORIA XIV
17 de junho de 2016
Como foi nossa ultima aula com eles no estágio. Levamos os alunos para a sala de vídeo alguns nem sabiam onde era. Colocamos vídeos em uma forma de revisar a unidade. Enquanto eles se divertiam com os vídeos fui colocando as notas na caderneta referentes às atividades pontuadas. Conforme Daniela Mustafá havia deixado um recado para nós com a coordenadora Enir. A aula só foi 50 minutos porque o diretor pediu para liberar os alunos para a festinha de São João deles.
Participamos da festinha junto com eles.
XI. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de tudo que vivi no Colégio Estadual João das Botas, acredito que o conhecimento é construído e transformado coletivamente. Nesse sentido, o colégio atua presente, principalmente na socialização e democratização do saber.
Pude executar muito da teoria que direciona a praxe embasada nas contribuições de Vigotsky: no seu trabalho ele explana a evolução da espécie com o ser sócio-histórico. Este foi um dos trabalhos feito na minha regência com a ajuda da interação de alunos, que interagem seus conhecimentos uns com os outros.
Acredito que o Colégio Estadual João das Botas é uma boa escola, com bons docentes, contudo sua metodologia, devido aos professores serem profissionais antigos, esteja atrasada, o fato de os recursos de trabalhos não serem muitos, não significa que os professores (no geral) não possam usar de criatividade e melhorar as aulas.
Após a regência concluiu-se que é gritante a diferença o estudo de graduação em língua inglesa e o dia a dia na escola, como foi o caso da escola objeto de estágio.
A aprendizagem de Língua Estrangeira é uma possibilidade de aumentar a auto-percepção do aluno como ser humano e como cidadão. Por esse motivo, ela deve centrar-se no engajamento discursivo do aprendiz, ou seja, em sua capacidade de se engajar e engajar outros no discurso de modo a poder agir no mundo social.
Acredito que só teremos uma educação de qualidade quando todos nós assumirmos o nosso verdadeiro papel de sujeito autônomo e atuante na construção do caminho para essa educação que todos nós almejamos.
XII. CRONOGRAMA
18/03/2016
Ø Ir ao Colégio Estadual João das Botas.
Ø Saber se há condições estagiar no colégio.
Ø Rever o colégio.
24/03/2016
Ø Ir ao Colégio Estadual João das Botas para saber quando poderia começar o estágio.
Ø Rever o corpo docente.
Ø Fotografar a escola para o memorial.
Ø Rever a professora de língua inglesa.
01/04/2016
Ø Entrega da carta de estágio.
Ø Assinatura do termo de estágio de língua inglesa.
Ø Rever a professora de língua inglesa para ajustes dos planos de aulas.
08/04/2016
Ø Apresentação do projeto pedagógico.
Ø Regência: aula 1 e 2.
15/04/2016
Ø Regência: aula 3 e 4.
20/04/2016
Ø Regência: aula 5 e 6.
29/04/2016
Ø Regência: aula 7 e 8.
06/05/2016
Ø Regência: aula 9 e 10.
13/05/2016
Ø Regência: aula 11 e 12.
20/05/2016
Ø Regência: aula 13 e 14.
25/05/2016
Ø Regência: aula 15 e 16..
03/06/2016
Ø Regência: aula 17 e 18.
10/06/2016
Ø Regência: aula 19 e 20.
17/06/2016
Ø Regência: aula 21 e 22.
Ø Agradecer pelo estágio.
XIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BROCKMEIER, Ralf. Guia de idiomas: Inglês para falar + Fácil 1; 5 ed. São Paulo: Larousse do Brasil, 2003.
BROCKMEIER, Ralf. Guia de idiomas: Inglês para falar 2; 5 ed. São Paulo: Larousse do Brasil, 2003.
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COLELLO, Silva M. A escola que (não) ensina a escrever. São Paulo: Paz e Terra, 2007.
DIONÍSIO, Angêla Paiva; BEZERRA, Maria Auxiliadora; MACHADO, Ana Rachel (Org.): Gêneros textuais e ensino. 3.ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
DURAM, Marília C. G. O Desafio metodológico na relação ensino-aprendizagem. Jn A didática e a escola de 1º grau. São Paulo, FDE. 1991, p 150-158.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
GERALDI, João Wanderley (Org.). O texto na sala de aula. 3.ed. São Paulo: Ática, 2002.
HEINLE. World English 1; ed atualizada. São Paulo: Nactional Geographic, 2012.
HEINLE. World English Intro; ed atualizada. São Paulo: Nactional Geographic, 2012.
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JOSÈ, E: COELHO, M. Problemas de aprendizagem. São Paulo: Ática, 1997.
KAUFMAN, Ana Maria; RODRIGUEZ, Maria Elena. Escola, leitura e produção de textos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. PCN: Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, DF: Ministério da Educação, 1997. VHS
Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora Gisele Aga. Choice for teens 1; 1 ed. São Paulo: Moderna, 2011.
Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora Gisele Aga. Choice for teens 2; 1 ed. São Paulo: Moderna, 2011.
PATACO, Vera Lucia Paracampos. Metodologia para trabalhos acadêmicos e normas de apresentação gráfica. 3º ed. Rio de Janeiro: Rio, 2007.
PC – Proposta Curricular do Ensino Médio do Colégio Estadual João das Botas.
PPP – Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual João das Botas.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998.
ULLMANN, Runholdo Aloysio. Antropologia Cultural. Escola Superior de Teologia. Porto Alegre. São Lourenço de Brindes, 1980.
WEBER. S. O professorado e o papel da educação na sociedade. Campinas: Papirus, 1996.